A Residência C60 (2016) tem já no partido um desafio estrutural. A morfologia da casa é reflexo da demanda do cliente, que solicitou 100% de ocupação do lote. Foi criado uma circulação central que tem uma subtração na cobertura e nesse pátio central uma oliveira. Para que todos os espaços internos recebam luz, ponto central da casa. Outra solicitação do cliente foi não ter pilares na sala. Esta consideração foi um desafio tanto para o estrutural, quanto para a execução da mesma. Duas lâminas sustentadas por pilares e vigas, tirantes de metal para apoiar balanços de quase 7m com laje caixão perdido (30 cm). O segundo andar é todo em vidro, também por demanda dos clientes. A construção não tem como ser feita segundo a lógica estrutural. A estrutura está no último nível e a laje intermediária está sendo sustentada por ela. Mas na execução a laje intermediária vem primeiro, logo esta laje ficou escorada muito tempo, recebendo chuva, o trabalho da MSR foi muito competente no sentido de lixar toda a laje no tratamento lixando-a para recompor a estética do concreto aparente mais homogêneo.  Segundo um dos autores do projeto, o arquiteto Lucas Loff Leite, “a beleza e a qualidade da casa estão intrinsicamente ligadas na estrutura”, daí a importância da boa execução e preocupação nos detalhes na construção. As paredes do térreo não tocam a laje, justamente pra preservar a aparência e a função estrutural.